Bye-Bye, London.
Hello, N.Y.C.
No outro dia o TeenDoc (a.k.a. psicólogo da treta) mandou-me fazer uma lista de coisas que me faziam feliz. Podia ser uma lembrança, um sabor, uma pessoa, o que fosse.
- Acordar perto do meio-dia, com o sol a pique a reflectir na água, e sentir o cheiro do Tejo.
- O cheiro da terra molhada no Alentejo.
- Os meus pais a dançarem na cozinha, de manhã.
- Os scones da pastelaria manhosa em Hampstead.
- Noitada no Bairro com a malta toda.
- O gosto a mar que fica na pele depois da praia.
- A maciez das coxas de uma mulher.
- Ver um filme do Godard ou do Fellini com a cabeça no colo da minha mãe, enquanto ela me faz massagens do cabelo.
- Ouvir de outra pessoa que a faço feliz.
- Lamentar-me com os meus amigos sobre as minhas desventuras e saber que, com eles, é para sempre.
- O cheiro dos livros quando acabados de comprar.
- O estalinho da lombada quando os abrimos pela primeira vez.
- O cheiro a castanhas assadas no Chiado, no Inverno.
- Beijos. Beijos. Beijos.
- Ser minimamente competente no que faço.
- A recordação de uns olhos escuros a sorrirem quando eu dizia aquelas três palavras.
- Da vida que eu sentia dentro de mim.
- Da certeza que eu tinha que não iria haver mais ninguém.
E é isso, eu já tive momentos muito felizes e já fui muito amada. Estou decidida a ser alguém mais racional, não só para meu bem, como para o de quem eventualmente fizer parte da minha vida. Precipitei-me em tudo, quase nunca fiz aquilo que sabia que era o mais sensato.
Perdi muito. Mas também ganhei uma nova visão de mim e dos outros.
Custa muito, dói muito. Mas já estou farta de me queixar. Estou viva.
- Acordar perto do meio-dia, com o sol a pique a reflectir na água, e sentir o cheiro do Tejo.
- O cheiro da terra molhada no Alentejo.
- Os meus pais a dançarem na cozinha, de manhã.
- Os scones da pastelaria manhosa em Hampstead.
- Noitada no Bairro com a malta toda.
- O gosto a mar que fica na pele depois da praia.
- A maciez das coxas de uma mulher.
- Ver um filme do Godard ou do Fellini com a cabeça no colo da minha mãe, enquanto ela me faz massagens do cabelo.
- Ouvir de outra pessoa que a faço feliz.
- Lamentar-me com os meus amigos sobre as minhas desventuras e saber que, com eles, é para sempre.
- O cheiro dos livros quando acabados de comprar.
- O estalinho da lombada quando os abrimos pela primeira vez.
- O cheiro a castanhas assadas no Chiado, no Inverno.
- Beijos. Beijos. Beijos.
- Ser minimamente competente no que faço.
- A recordação de uns olhos escuros a sorrirem quando eu dizia aquelas três palavras.
- Da vida que eu sentia dentro de mim.
- Da certeza que eu tinha que não iria haver mais ninguém.
E é isso, eu já tive momentos muito felizes e já fui muito amada. Estou decidida a ser alguém mais racional, não só para meu bem, como para o de quem eventualmente fizer parte da minha vida. Precipitei-me em tudo, quase nunca fiz aquilo que sabia que era o mais sensato.
Perdi muito. Mas também ganhei uma nova visão de mim e dos outros.
Custa muito, dói muito. Mas já estou farta de me queixar. Estou viva.