“Gostava que estivesses aqui…”.
Não pensei muito e arranjei um bilhete para sábado, cheguei a Lisboa no início da tarde e surpresa.
Chorou e chorou “És louca…”, mas depois riu e nessa noite adormeceu nos meus braços, como é suposto. Quase nem conseguia falar, então não forcei muito. Estar com ela é-me suficiente e estivemos a ver a Operação Triunfo. O amigo Jorge Palma com uma bem valente em cima. A Rita Guerra tem voz mas arranja-se como um travesti. Que cabelo é aquele, senhor? Desistimos de ver quando apareceu o André Sardet. Não há pachorra para esse pimbalhão.
Fiz-lhe o cházinho e tudo mais, mas com os antibióticos a não fazerem efeito, não há muita coisa a fazer. Mesmo assim, ela disse que se sentia melhor e que eu era maluca e que gostava muito, muito de mim :$ :)
Domingo, almoço em família. Ouvi um sermão por não avisar- se eu dissesse não me teriam deixado em paz enquanto não aparecesse em casa- e tive uma conversa muito boa com o meu pai a caminho do aeroporto.
Durante anos achei que ele não me conhecia (ele trabalhava muito e eu não me abria com ele), que não me entendia, mas começo a achar que somos mais parecidos do que eu pensava e que o meu pai me compreende melhor que a minha mãe, por exemplo.
Os meus pais também estiveram separados durante os primeiros anos de casamento e foi emocionante ouvi-lo dar-me dicas porque vejo que ele percebe o quão importante esta relação é para mim. E ter a aceitação dele é mais importante para mim do que eu pensei.
Quando fiz o check-in ele abraçou-me e disse-me uma coisa que me fez chorar. Nada que ele nunca tivesse dito, mas ontem tocou-me e vim a viagem toda a pensar naquelas palavras.
Já me disseram que tenho cara de cabra, de antipática e tudo mais, mas isso não impede que completos desconhecidos encetem em grandes conversas comigo.
Desta vez calhou-me um falinhas mansas que veio o caminho todo a meter conversa, a querer saber, entre outras coisas, onde eu ia ficar. E era “tu” para aqui, “tu” para ali, super íntimo. A minha ausência de respostas não foi pista suficiente e tive de lhe dizer taxativamente que não falasse comigo porque me estava a incomodar. E depois ainda há quem me pergunte se eu não tenho saudades de estar com um homem. Pardon me while I stuck my fingers down my throat. Como viu que comigo não tinha grande sorte, tentou meter conversa com a hospedeira (eu sei que já não se diz assim mas eu gosto e pronto!) que, além do palminho de cara, provou que também tinha massa cinzenta funcional e fuzilou-o com o olhar.
Chego a casa e tumbas, aquecimento avariado… Isto depois de sair de Portugal com aquele sol esplêndido a bater-me na cara, chegar cá de noite, apanhar um frio dos diabos e vir o caminho todo até casa a pensar “o apartamento vai estar tão quentinho”…
1 comentários:
Pois...normalemnte só reparamosque os pais nos conhecem muito bem e nos compreendem depois dos 28-30...
é a lei da vida...
beijokas
D.