E mais um dia passado à espera do que não vai mudar. Mais um dia em piloto automático para tentar disfarçar o facto de eu não saber o que fazer.
Mais um dia em que chego a casa e pulsos ardem-me porque passei o dia a apertá-los para não desabar na frente dos colegas, no meio do autocarro, na fila do supermercado onde o vaticínio do Mick Jagger revolta-me o sangue.
"A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço."
Tudo me cansa. Pensar cansa. Chorar cansa. Passear nas ruas e afastar-me das pessoas, cansa. Cansa-me falar com os outros. Cansa-me fingir que ligo ao que me dizem.
Só não me cansa ficar na cama e lembrar-me dos teus cabelos derramados na brancura dos lençóis.
A minha existência cansa-me.
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço."
Tudo me cansa. Pensar cansa. Chorar cansa. Passear nas ruas e afastar-me das pessoas, cansa. Cansa-me falar com os outros. Cansa-me fingir que ligo ao que me dizem.
Só não me cansa ficar na cama e lembrar-me dos teus cabelos derramados na brancura dos lençóis.
A minha existência cansa-me.
A única conclusão que consigo tirar é que não faz sentido nenhum se é suposto ser sem ti.